Reserva da Biosfera do Pantanal

A Reserva da Biosfera do Pantanal abrange os estados do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e pequena parcela de Goiás. Cobre a região de abrangência do Pantanal Mato-Grossense e de áreas de influência das cabeceiras dos rios que estruturam o sistema hídrico da planície pantaneira. A Reserva da Biosfera trabalha para prover de sustentabilidade as atividades da pecuária que se pratica na região desde o Século XVIII, consideradas um fator importante para a conservação da biodiversidade do Pantanal.

A pesca artesanal e o ecoturismo (de paisagem, da pesca esportiva, de aventura, rural e tecnológico) são iniciativas econômicas que a Reserva quer privilegiar como uma das alavancas do desenvolvimento sustentável da região pantaneira. O Pantanal foi declarado Reserva da Biosfera em outubro de 2000, e seu Conselho já está funcionando, com Estatutos e Regimento Interno já aprovados. No momento, trabalha na formulação do Plano de Ação da Reserva. O Conselho elegeu, como seu primeiro Projeto Piloto, o da consolidação dos muitos estudos e propostas para a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais do Pantanal.

Essa iniciativa tem por finalidade assegurar que as ações por eles sugeridas tenham a complementaridade necessária. Uma vez conseguida, desse trabalho surgirá o marco conceitual para a construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para as regiões da Reserva. Por sua característica de ser um colegiado formado de forma paritária – governo e sociedade – o Conselho da Reserva da Biosfera está sendo cogitado para ser instância de apoio à consecução do desenho das atividades da segunda fase do Programa Pantanal.

O Programa é uma iniciativa dos governos Federal e dos Estados do Mato Grosso e doMato Grosso do Sul, de propiciar infra-estrutura, em obras de saneamento básico e de transporte, apoio a comunidades tradicionais da região e capacitação profissional, para o desenvolvimento sustentável do Pantanal. Conta com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID e do Banco Japonês de Cooperação Internacional – JBIC (sua sigla em inglês), de 400 milhões de dólares, a ser internalizados em duas etapas.

A primeira, com 168 milhões, tem cronograma de atividades já desenhado. Prepara-se o início de sua execução, para cumprir um plano de aplicação de dois anos, a contar de 2002. O Conselho da Reserva deverá acompanhar o seu desenvolvimento, para estar preparado a apoiar os estudos para o formato da segunda fase de sua implantação, a ocorrer a partir de 2006, com recursos da ordem dos 232 milhões restantes.

Pantanal - Paisagem Natural


Formando os atrativos culturais podemos encontrar grupos folclóricos como o Chalana, um dos mais conhecidos nacionalmente e internacionalmente, a fusão étnica de São Gonçalo, cururu e siriri que fazem a festa no arrasta pé dos terreiros de Cáceres, as centenárias fazendas que marcaram a história cacerense e a cavalhada, representação montada e paramentada das lutas entre mouros e cristãos.

Possui variados ecossistemas; corixos, baías, campos, cordilheiras, praias, cerrados, campões, florestas, rios e a beleza da flora e fauna pantaneira que está dispostas nestes ambientes.

RIO MUTUM
Onde pode-se realizar pescarias, safári fotográfico e também é recomendável para banho e passeios de barcos para avistar a fauna e flora do local.

BAÍA SIÁ MARIANA
Utilizada para passeios de barcos, safáris fotográficos e pesca.

BAÍA DO RECEIO
Boa Vista para mata cerrada, com presenças de buritis e pesca.

BAÍA CHOCORORÉ
Tem 15 Km de extensão, ótima vista para a flora, composta de muitos tipos de árvores que formam um tapete verde sobre o morro.

BAÍA BURITIZAL
Boa visão para vegetação que é repleta de Buritis, o terreno é arenoso e parte dele é composto gramíneas.

BAÍA ACORIZAL
Boa vista para a linda vegetação de pombeiros e destaque aos campões que ficam sobre gramínias.

PARQUE NACIONAL DE CHAPADA DOS GUIMARÃES
Tem 70% de sua área localizada no município de Cuiabá, com acesso pela rodovia MT-251 (Rod. Emanuel Pinheiro) .
Um lugar onde a cada expressão do escultor Mor, em suas terras formam -se as mais lindas e encantadoras cachoeiras, onde seus riachos de águas cristalinas jorram no chão em exuberância e magia.

QUEDA D'ÁGUA VÉU DE NOIVA
Marco preponderante do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, na divisa dos municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, com 75 m de queda livre em vale de rara beleza.

PORTÃO DO INFERNO
No Parque Nacional de Chapada dos Guimarães município de Cuiabá, despenhadeiro que atrai o turista pela sua magnitude.

RIO MUTUCA E RIO CLARO
Localizados na rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, ótimos locais de banho em água cristalina distante de Cuiabá 36 Km. Início do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, em Cuiabá.

SALGADEIRA
Área urbanizada com córrego e queda d'água de 15m. Possui um terminal de turismo social e de lazer com restaurantes, instalações sanitárias, área gramada e de acampamento. Distante 46 Km de Cuiabá, em seu município, no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.

COXIPÓ DO OURO
Antigo Arraial da Forquilha, onde se encontra a primeira igreja de Mato Grosso, Nossa Senhora de Penha de França. Banhado pelo Rio Coxipó, local de lazer da população Cuiabana.

RIO CUIABÁ
Rio de integração regional, canal de desenvolvimento econômico. Acesso fluvial de Cuiabá ao Pantanal, ótimo para passeio de barco. Rio de grande pisicosidade. Às suas margens avistamos monumentos históricos como as antigas usinas do ciclo da cana-de-açúcar.

ZOOLÓGICO
Instalado em uma área no campus universitário com animais e aves do pantanal de Mato Grosso para estudo e pesquisas.

HORTO FLORESTAL
Localizado às margens do rio Coxipó, no bairro Coxipó da Ponte. Ótimo para apreciação de flora e local de pesca.

MORRO DA LUZ
Localizado no centro de Cuiabá, com belos jardins e espaços para o lazer contemplativo.

Elo da interdependência pantaneira.

A vegetação do Pantanal não é uma formação homogênea típica, mas formada por um conjunto de composições florísticas diversas, chamado de "Complexo do Pantanal".

Borboleta Ithomia drymo Nymphalidae na amora silvestre Rubus rosaefolius Rosaceae.

Com efeito, trechos de florestas, cerrados, campinas permeiam-se pela planície afora. Elementos dos cerrados do Brasil Central e da Floresta Amazônica entremeiam-se a várzeas alagadas ou pantanosas, recobertas por espécies típicas destes ambientes, ao mesmo tempo que, em afloramentos calcáreos e terrenos mais elevados, desenvolve-se uma flora xerófita, denotando uma fisionomia bastante semelhante à caatinga. Assim, o Pantanal não é um grande pântano, mas uma mistura heterogênea de diversas composições vegetais que, em função de parâmetros, tais como: condições de solo, inundações e topografia, ali aparecem em equilíbrio dinâmico.

              Xaxim ou Samambaia-açu Cyathea
Nos terrenos permanentemente alagados, nos lagos, nas "baías" e nos "corixos" encontramos espécies flutuantes como os aguapés Eichornia spp com os diversos matizes de branco, azul e roxo de suas flores e a erva-de-santa-luzia Pistia stratiotes, e espécies de águas rasas, que se enraízam no fundo como as Salvinia spp., as Nymphaea spp., além da vitória-régia regional Victoria cruziana.

                    Açucena Amaryllis heuseriana Amarylidaceae

A vegetação, ora típica de campo cerrado, pode ceder lugar quase sem transição, a um campo de pastagem natural, formado por um tapete de gramíneas no qual ocorrem apenas raras plantas lenhosas. Estas gramíneas nativas, são principalmente os capins-mimosos Paratheria, Setaria, Reimaria. Geralmente estas campinas, como também são chamados estes campos limpos, se encontram em partes mais baixas e mais úmidas, que podem ser alagados, enquanto que os campos cerrados limitando-se aos pontos mais elevados e mais secos, persistem emersos, formando como que ilhotas de vegetação.

          Flor-de-maracujá Passiflora

Estes campos são entremeados de espinheiros, áreas de matas densas e grupos de palmeiras. Destas últimas sobressaem os carandazais, formados pela elegante palmeira de uns 10 metros de altura com folhas flabeliformes (em forma de leque): o carandá Copernicia austrails. Outra palmeira freqüente é o buriti Mauritia vinifera também com folhas flabeliformes. Nas áreas de mata densa, chamadas "caapões", encontramos a aroeira Astronium sp., figueiras Ficus sp., com seus esculturais troncos tortuosos, o angico-vermelho Piptadenia sp., e entre tantas outras plantas a piúva Tabebuia heptaphylla, denominação que é dada, localmente, a um ipê-roxo, que durante os meses de julho e agosto tinge a paisagem pantaneira com os mais variados matizes de rosa, lilás e roxo de suas flores. Entre elas, com flores amarelas, o cambará Voschysia sessilifolia.

             Bromélias Aechmea nudicaulis e Vriesa friburgensis

Em outro tipo de mata, em que as árvores não têm troncos muito grossos, mas suas cascas são espessas e rugosas e seus galhos retorcidos, predomina uma espécie de ipê-amarelo Tabebuia aurea, conhecida no Pantanal como paratudo. Estas matas são chamadas paratudais.

                    Aguapé Eichornia azurea

Acompanhando, em ambas as margens, os numerosos cursos de água da região estão as florestas em galeria, também chamadas de matas ciliares. Nestas matas encontramos o jenipapo Genipa americana, figueiras Ficus spp., ingazeiros Inga spp., as embaúbas Cecropia, com suas folhas prateadas e que com freqüência vive em associação com formigueiros e o tucum Bactris glaucescens pequena palmeira, cujo fruto é muito usado como isca de pacu. São freqüentes a palmeira acuri Attalea phalerata, cujos frutos são apreciados pelas araras azuis e o pau-de-novato Triplaris formicosa, que no mês de outubro, enfeita as barrancas dos rios, com grandes cachos de flores rosas ou vermelhas. Essa árvore é assim chamada porque o novato na região, ignorando sua associação com formigas, tenta derrubá-la com o machado ou a escolhe para armar sua rede; os movimentos da planta provocam a queda de centenas de minúsculas formigas, cujas picadas queimam como fogo, conforme já tivemos a infelicidade de constatar.
   Quaresmeira ou Manacá-da-serra Tibouchina sellowiana Melastomataceae

Nos pontos mais elevados, onde há afloramentos de rocha calcária, as espécies de cerrado são substituídas por outras, que, em seu conjunto e pelo seu aspecto lembram as caatingas nordestinas. Bromeliáceas Dyckia sp. e Cactáceas (especialmente mandacarus, do gênero Cereus), em colunas maiores ou menores, são as principais responsáveis por esse aspecto de caatinga.

                       Bromélia Vriesea sp.

Assim, no Pantanal, temos um número muito grande de nichos ecológicos de condições diversas, nos quais proliferam variados tipos de vegetação, cada um, por sua vez, condicionando uma fauna especial.

BONITO: Meio Ambiente recupera grota próxima ao córrego Marambaia

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bonito está realizando um trabalho de replantio para arborizar e recuperar uma grota nas proximidades do córrego Marambaia, em local anteriormente invadido e ocupado por moradias precárias que foram demolidas após a transferência - pela Prefeitura Municipal - das famílias ali residentes para o conjunto habitacional Jardim Bom Viver II.

Até o momento foram plantadas 73 mudas, 43 delas durante o trote cultural realizado pelos alunos de Administração e de Turismo e Meio Ambiente da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e 30 em parceria com o IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena). No total serão plantadas 200 mudas no local, todas originárias do Viveiro Municipal.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente Edmundo Costa Júnior a importância das ações vai muito além da recuperação da vegetação e tem caráter sócio ambiental, estimulando a participação direta da comunidade nas ações de recuperação, replantio e preservação.

Características da região

O Pantanal, conhecido por poucos porém, caracteriza-se por ser um local fantástico e que possui a maior área inundável do continente americano. Seus habitantes são pessoas simples e guardam em suas memórias histórias que contam como se formou essa parte do continente, considerando que ali existia, há muitos anos, o mar de Xaraés. Encontram-se mitos como o Bicho Pé-de-garrafa, o Minhocão, o Mãozão, o Come-língua e outros, além de lendas como A tristeza do Tuiuiú, o João de Barro, o Guaraná, entre outras.
A habitação folclórica mais comum é feita de paredes de palmeiras encontradas na região como o taquarussu e o bacuri, com cobertura de folhas de bacuri, carandá e sapé, equipada de forno de barro, fogão a lenha e jirau.
A culinária da região é saborosa, desde o arroz carreteiro até a chipa paraguaia, passando pelo sarrabulho, locro, churrasco com mandioca, farofa de banana da terra, carne seca ao sol frita, cozida ou assada, paçoca de carne seca, peixes como: pintado, dourado, pacu e outros, caldo de piranha (afrodisíaco), sopa paraguaia e saltenha boliviana.
As bebidas indispensáveis são o guaraná ralado (estimulante), o tereré (mate frio ou gelado servido na guampa e sorvido através de uma bomba), além dos licores de pequi, jenipapo, leite e outros.Já a natureza se encarrega de fornecer os mais saborosos frutos com os quais as quituteiras preparam as deliciosas sobremesas, como por exemplo os doces de caju, goiaba, e tantos outros.